
Quero saborear as horas perdidas na minha cama a lembrar dos momentos em que me recitava Homero e me fazia escrever poesias ao cavalgar em você. Ao escrevê-la percebi que meu corpo por si só falava ao deixar que suas mãos penetrassem em meu ser. Não quero as horas marcadas no relógio perdido estático preso à parede da minha sala me dizendo que já está na hora de partir. Quero a minha boca presa à sua como se uma única palavra pudesse ser emitida, verbalizada, imortalizada. Sou puro amor, forma poética encarnada para conter o tudo que podemos viver. E desta maneira, qual vida sem conceituação eu te espero voltar. Tenho minha cama para esperar e poesias para te procurar.
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