Palavras que se perpetuam envoltas em imagens nesta colcha de retalhos entre fonemas, sentidos e paixões.







quarta-feira, 21 de abril de 2010

Intento


Qual borboleta que se vai caminhando entre as flores se vestindo de suas cores esperando o tempo certo para colocar seu manto e se fazer outro movimento. Sou àquela que a espreita na esquina, esperando qual serpentina para enrolar-me em você e assim festejarmos nosso carnaval. Como quem repassa as horas de um livro, refaço as linhas da minha trajetória esperando que sua memória seja ativada em mim e assim permaneça intacta, qual estátua perpetuada pelo autor enamorado de sua ideia. Quero poder acalentar suas lágrimas e banhar-me delas, criando assim as Ninfas que irão ocupar os mares bravios tantas vezes navegados por nós. Não me bastarão planos para chegar a você, assim esquecida na torre marfim de seu coração, que revestido de cores espera a hora certa para se fazer tela e ser apreciada em partes, não inteiramente, tamanha é a sua beleza diante de mim. Vem, venha sem medo, venha sem pressa, mas apressa essa conversa que chega até nós e não tem fim. Assim, escuto seus segredos e falo apenas para você dando-lhe outro contexto por justamente estar dentro de mim.

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